Exmos. Srs. Acadêmicos,

Exmos. Srs. Membros do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso

Exma. Sra. Dra. Adélia Badre Mendonça de Deus

Autoridades que compõem a mesa,

Sras. Srs. presentes,

Estamos homenageando não apenas o intelectual Rubens de Mendonça. Marcar o centenário de um dos maiores escritores mato-grossenses pela própria biografia seria óbvio. Quem publicou mais de três dezenas de livros essenciais para a compreensão da nossa região seria lembrado independentemente se houvesse pertencido à Academia de Letras ou ao Instituto Histórico. Felizmente, o prolífico pesquisador somou esforços conosco, fazendo com que a Casa Barão de Melgaço sinta-se orgulhosa em festejar o centenário de um de seus mais destacados associados.

Comemoramos hoje o nascimento de um humanista. O que é ser humanista? É centrar as investigações intelectuais nas várias formas de expressão humana. O acadêmico Rubens de Mendonça foi historiador, poeta, jornalista, cronista e, por que não dizer?, polemista. Libertário e angustiado com o próprio tempo, estudava com afinco o passado e debochava da modernidade, da política e da sisudez das convenções sociais. Rubens de Mendonça foi, na verdade, um homem-universidade. Nele convergiam o caminhante e o caminho; fosse ligado à música, seria ele todo orquestra. É por esta razão que passaremos um ano inteiro conhecendo as múltiplas facetas deste intelectual pluritemático: impossível falar de Rubens no singular se ele já nasceu no plural.

Ao contrário de engrandecer a própria biografia ao participar da Academia de Letras e do Instituto Histórico, Rubens de Mendonça emprestou brilho às instituições das quais participou. Conferiu credibilidade, intelectualidade, serviço ininterrupto e publicações constantes. Era daqueles monges que, em silêncio, trabalhava em suas iluminuras para multiplicar o saber. A obra deixada já está imortalizada pelas pesquisas científicas e citações bibliográficas; o homem está consagrado ao batizar escolas e vias públicas de nossa capital. Indubitavelmente, Rubens de Mendonça honrou o próprio pai, Estevão de Mendonça, fundador desta Academia de Letras, razão pela qual seremos eternamente gratos à família Mendonça. Inclusive porque, anote-se, também contribuiu para o nosso acervo ao doar documentos, fotos, livros de ambos os imortais.

O maior mérito do literato, mergulhado de/na humanidade, foi o de compartilhar conhecimento. Recebia alunos em sua própria casa e fazia de lá um centro de estudos. Emprestava livros, doava o que tinha de seu, não retinha informação. Não se encastelava numa intelectualidade esnobe e egoísta. Sim, senhores, alguns estudiosos equivocam-se ao acreditar que precisam se afastar do viés popular. Aliás, há muita confusão entre cultura e erudição. Nosso homenageado transitava nos mais altos círculos culturais com a mesma desenvoltura com a qual habitava os bares cuiabanos. Nem por isso, o “Rubinho” da família, dos amigos e dos bares era menor do que o imortal Professor Historiador Rubens de Mendonça. Não precisava de aparência para conservar a essência.

Em resumo: Rubens era grande, sabia da própria dimensão e nem por isso era enfadonho. Informal e didático na escrita, desenvolto e dialógico, seus livros não eram um monumento à amarga erudição criptografada, ensimesmada, egoísta. Parecem mesmo uma conversa agradável com o leitor e, por isso, é sempre contemporâneo e atrativo. Deixou marcado o humor como maior símbolo de inteligência, pela unanimidade dos relatos que nos chegaram. As famosas tirinhas que Rubens encontrava nos próprios bolsos e até mesmo nos bolsos dos amigos eram composições sobre o quotidiano, de métrica perfeita ou de pé-quebrado, como costumava dizer. Por ser tão generoso em dividir cultura e poupar-nos a todos de erudição, essa personagem tornou-se imortal. Hoje, o nome de Rubens de Mendonça foi desapropriado da família para a posteridade, em favor do Estado de Mato Grosso e de todos os que vivem nele.

Nomeamos os acadêmicos Benedito Pedro Dorileo, Elizabeth Madureira Siqueira e Marília Beatriz de Figueiredo Leite como apoiadores deste evento, em nome da Academia Mato-Grossense de Letras. Registramos especialmente o trabalho da Profa. Dra. Elizabeth Madureira na organização e digitalização da obra completa do imortal, serviço que democratizará o conhecimento enciclopédico do acadêmico. Não poderíamos esperar outra coisa de nossa atual vice-presidente que dignifica o assento de Virgílio Alves Correa Filho e Virgílio Alves Correa Neto, dois grandes historiadores e membros desta Academia. A atual curadora da Casa Barão, ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso mostra enorme disposição e força ao apreender continuamente trabalhos de pesquisa e compilação, razão pela qual acredito que a presidência da Academia de Letras deva ser o próximo assento a ser ocupado pela dedicada intelectual.

Agradeço à família por eleger a Casa Barão de Melgaço para humildemente acolher a sociedade mato-grossense. Obrigado Dra. Adélia Badre Mendonça de Deus pelo desapego em dividir conosco o querido pai, permitindo que nós também o abracemos. É amor demais querer e saber compartilhar as memórias de Estevão e de Rubens de Mendonça, brindando a sociedade com obras inéditas e com traços íntimos que revelam a faceta mais amorosa do homem – a de pai. Por derradeiro, agradeço à cuiabania, essa gente que sempre atende ao chamado da tradição, preservando o nome e a obra de Rubens de Mendonça como patrimônio imaterial desse microuniverso Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

Casa Barão de Melgaço,

Em 24 de julho de 2014.

EDUARDO MAHON

PRESIDENTE DA ACADEMIA MATO-GROSSENSE DE LETRAS

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