Meus Senhores,

Aqui estamos para darmos início ao “Ano Centenário de Rubens de Mendonça”.

Creiam-me, a responsabilidade é muito maior do que eu pude imaginar. Por isso, a divisão de tarefas com os amigos e especialistas dedicados à cultura do nosso Estado foi imperativa. Durante todo o “ANO CENTENÁRIO”, mais saraus lítero musicais acontecerão , abordando as suas facetas como Historiador, Literato, Sátiro e Pai. Desenvolveremos, também, um Projeto Pedagógico, buscando levar aos alunos das escolas estadual e municipal a sua Vida e Obra. Realizaremos, ainda, peças teatrais em praças públicas trazendo, através de alguns de seus trabalhos, a nossa cultura, tradições – o nosso folclore. Em 27/07/2015, data efetiva dos seus 100 Natais, faremos, na Universidade Federal de Mato-Grosso, o encerramento das comemorações. Mas não será para nós o fim da linha, pretendemos publicar as suas obras inéditas que estão em nosso poder.

Também não podemos nos furtar de separar a emoção da razão. A primeira é infinitamente, mais forte. Aqui , neste momento, quem fala é a filha, com o coração enternecido pelo pai. Um homem que imprimiu em minha vida , na vida de seus familiares e amigos, muita leveza, poesia e beleza. Sem dúvida, foi ele uma fonte de luz para todos que tiveram a dádiva de com ele conviver.

Trabalhador infatigável, pesquisador incansável, no contato diuturno com livros, alargou, desde moço, os horizontes do seu espírito, ganhando com isso a robustez da Cultura.

(...) Sendo ele autodidata, até mesmo por rebeldia logrou deixar atrás de si, na esteira dos caminhos de sua vida, uma obra de inegável mérito para a história da Cultura Mato-Grossense” ...

(...) Bem ou mal, com deficiências ou limitações, o nosso Rubens de Mendonça, deixou uma obra imperecível, pioneira em muitos aspectos, e da qual nós devemos nos orgulhar, e já nos orgulhamos”. É essa a impressão de seu saudoso amigo Corsíndio Monteiro da Silva, in “REQUIEM PARA UM AMIGO MORTO” – Brasília em 03/abril/1 983.

Por ser um homem de atividades múltiplas, de intelecto irrequieto e fértil, não é tarefa fácil, falar sobre Rubens de Mendonça, porém, é imensamente prazerosa . Propomo-nos hoje, neste encontro de letrados, estudiosos e amigos, a ressignificar a vertente jornalística de Rubens de Mendonça.

Em seu depoimento, “Como me fiz Jornalista” ele noticiou seu trabalho em vários jornais: “O Estado de Mato Grosso”, “Correio da Semana, “A Batalha”, “O Social Democrata”, “Correio da Imprensa”. Foi, ainda, corresponde do jornal “O Estado de São Paulo”, aqui em Mato Grosso. Fundou com Gervásio Leite e Martins Melo a revista “Pindorama”, que representava um grito de revolta contra o academicismo. Em 1951, com Wlademir Dias Pino, fundou o jornal literário “Sarã”. Sobre isso falaremos quando tratarmos dele como literato. Foi ele Secretário Geral da Associação Mato-Grossense de Imprensa e, com demais jornalistas, ajudou a fundar e estruturar o Sindicato de Jornalista s de Mato Grosso.

A partir de 1 974, começou a escrever no “Diário de Cuiabá” uma coluna denominada “Sermão aos Peixes”. Aliás, o seu primeiro sermão foi às Aves. E assim se explicava quando indagado sobre o título escolhido para sua coluna: “Eu sou como São Francisco de Assis e Santo Antônio de Lisboa que, desiludidos dos homens, resolveram, o primeiro falar às aves e o segundo, aos peixes”.

E assim foi que, a partir de seus “Sermões aos Peixes”, o jornalista Rubens de Mendonça com estilo próprio, sátiro e jocoso, exercitou de forma vigorosa o jornalismo. Quem nunca ouviu falar de suas célebres trovinhas que “colocaram no meu bolso” e que serviam para fulminar certos acontecimentos pitorescos da vida cuiabana? Suas vítimas? – Seus amigos, familiares e políticos de modo geral. Desafetos? – Desconhecemos. Já iniciava os seus Sermões assim: “RIDENDO CASTIGAT MORES” - que em sua livre tradução assim ficou : “ sem rancor, sem azedumes/Com algumas restrições/Rindo castigo os costumes/Através destes Sermões”.

Mesmo sendo jornalista, ele acreditava que não tinha como desassociar o Jornalismo da literatura. E, afirmava: “para mim o jornalismo é uma das mais difíceis concepções literárias, ele exige raciocínio, clareza e simplicidade, e acrescentava: o jornalismo exige profissional de cultura generalizada”. Abalizava a sua concepção trazendo ao nosso conhecimento a opinião de José Veríssimo sobre Euclides da Cunha – “ no consenso da crítica, é considerado com justiça um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, e um dos primeiros pensadores da língua portuguesa. A sua obra tem elementos suficientes para resistir a modas e gostos, mercê da perenidade da arte. E, entretanto, “OS SERTÕES” são reportagens de um jornalista, pois em 1.897, Euclides seguiu para Canudos como correspondente do Jornal “O Estado de São Paulo” a fim de fazer cobertura jornalística do movimento sedicioso de Antônio Conselheiro”. (Rubens de Mendonça, in Revista da Academia Mato-Grossense de Letras – Número Especial comemorativo do 60º aniversário da Entidade, 1.982, páginas 30/31).

Com o jornalismo, ele fez história e literatura, expressou todas as suas ideias e só encontrou em minha mãe, Ivone Badre de Mendonça, a única censora permitida. De resto, agia com liberdade de cidadão ético, culto e politizado.

Encerramos agradecendo de público a todas as Instituições envolvidas neste evento, Governo de Mato Grosso, através SEC/MT, UFMT, IHGMT e AML, através de seus respectivos dirigentes, que acreditaram no nosso projeto e nos ofertaram toda a infraestrutura necessária para que pudéssemos desenvolvê-lo. Segue, também, nosso tributo de gratidão à todos que, direta ou indiretamente, nos apoiaram e apoiam neste mister, especialmente, aos membros das comissões estabelecidas para este fim. Meu carinho de coração, aos que aquiesceram ao nosso convite, para conduzirem o sarau lítero musical: Pedro Rocha Jucá e Weller Marcos da Silva todos dois privaram da amizade dele e terão muito a nos contar. Nossos agradecimentos aos Professores B. Pedro Dorileo e Elizabeth Madureira Siqueira e Marília Beatriz de Figueiredo Leite pelo apoio de sempre. Minha gratidão especial à minha família, que pacientemente me socorreu em horas difíceis, naqueles momentos em que a saudade teima em escorrer pelos olhos. E aos nossos amigos que aqui estão para prestigiar a memória do meu pai, o nosso muito obrigado.

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